Fé e esperança

Quando se põe o sol,

ouço à distância

o tinir do sino,

ritmado.

 

O papai sai da mesa,

deixa o cafezinho,

vai pro canto

e reza...

 

A mamãe nem espera

o badalo na capela,

já vem rezando

faz tempo.

 

Eu escuto o choro dela,

daquele bem miúdo,

vindo do quarto,

sinto uma dó!

 

Meus irmãozinhos e eu

nos ajeitamos no banco

pra não atrapalhar;

dá um sono!

 

O mais novo até dorme,

às vezes até ressona,

logo a mamãe vem

pra banhar a gente.

 

Aí, ela faz a comida,

um cheirinho bom,

a gente come

e dorme.

 

A 'bença', mãe;

A 'bença', paizinho;

boa noite, irmãozinhos...

Até amanhã.

 

[Imagem do Google].