Avó Amada

Avó, não fique assim prostrada,

cheia de medos a rezar por mim!

Aos pés-de-Deus, permaneça sim, ajoelhada,

apenas numa entrega d'Amor sem-fim ...

Sem fim e sem começo, pela fria-madrugada,

sempre a vi rezando assim ...

Tristemente murmurando, Nada,

ó Deus, nada mais existe em mim!

E que dizer ao ouvi-la tão magoada?!

Entre penas, a chorar, aqui eu vim,

mostrar o quão foi por mim amada!

Pois sempre guardarei sem fim,

a imagem, junto à cruz, ajoelhada,

da Avó amada de oiro e de cetim ...

(À Avó Clarisse.

Esposa, mãe, amiga e Avó extremosa)