POEMA LIVRE
MÃE
Àquela que era, é e será eternamente!
Mãe, fechaste os olhos na terra
e duas estrelas brilharam no infinito.
Apagou-se a luz meiga de teus olhos
e o sol ganhou mais fulgor.
Teus pés já não andam
mas estás presente nas rosas, cravos, lírios,
violetas, begônias e crisântemos.
Teu coração já não pulsa
mas estás na cadência eterna do Universo.
Tua voz emudeceu-se, abrindo um parêntesis
à melodia que jamais será composta.
Este Planeta perdeu-te,
outro melhor te ganhou.
Mãe, foste tão simples
tão simples que nem te houveste
como um ser terreno.
Eras um Anjo oculto
na aparência humana!
JUCA VIEIRA
TORRES-RS
Maio de 1990