A Sinfonia das Almas
Oh, celestial musa, entoa meu canto,
Sobre o novo modelo familiar, adianto,
Palavras arcaicas tecendo a trama,
Dos laços que outrora eram em chama.
Na época ancestral, o clã se reunia,
Pais, filhos, avós, todos em harmonia,
Alicerces firmes, tradições tão belas,
Ecos de um tempo que hoje são estrelas.
Mas o vento soprou, trazendo a mudança,
Novos arranjos surgiram com esperança,
O amor não conhece formas preconceituosas,
Quebrando barreiras, moldando novas prosas.
Vejo agora famílias que outrora não vi,
Diversas cores, tamanhos, formas sem ti,
Adotando filhos com coragem sem par,
Despertando a compaixão no olhar.
Na nova paisagem, mães que são duas,
Pais que são um, o amor não se recua,
Laços são forjados além do sangue,
Numa teia onde o amor se esgueira e exangue.
Ah, novo modelo familiar, és um verso,
Que desafia o tempo, rompendo o universo,
Matriarcas, patriarcas, plurais na essência,
Construindo alicerces de amor e clemência.
Vivemos tempos de evolução e mudança,
Onde o amor supera a rigidez da herança,
Ergamos nossas vozes, em coro uníssono,
Enaltecendo o amor, do antigo ao moderno sono.
Que o novo modelo familiar floresça,
Em cada coração que o amor abraça,
Quebrando os grilhões da tradição caduca,
Celebrando a diversidade que a vida reproduz.