MULHER BATALHADORA
Mãezinha, minha heroína,
Difícil externar em palavras
Todo amor, admiração e carinho
Por esse ser divino.
Mulher batalhadora,
Ah, como lembro de suas lutas,
Era enorme sua labuta...
Cuidando da casa, filhos, costurando,
Criando porcos, galinhas, bordando,
Descascando mandioca,
"Tirando" tapioca,
Cuidando dos canteiros, plantas, cultivando hortaliças,
Quebrando coco, tirando azeite
E ainda torrava café para tomar sem leite.
Como se não bastasse, às vezes,
Ainda fazia almoço para os peões na roça e farinhada,
Meu Deus, tantos afazeres, não sei como dava conta...
Sempre trabalhou com garra,
Uma esposa ajudadora,
Uma mãe acolhedora,
Sentia prazer em trabalhar, tinha vigor
Que hoje, com a velhice, transformou-se em dor.
Nas férias, quando íamos para o interior
Éramos esperados com banquete:
Carne de sol, assado de porco, torresmo,
Bolo de milho, puba, tapioca,
Doce de leite, de caju
E muita paçoca.
Com um "corte" de tecido guardado,
Planejando seu vestido fazer,
Sempre dizia “esse vou costurar pra você”.
Vivo aqui no mato,
Posso andar com o meu rasgado,
Mas vocês estudando na cidade
Precisam andar arrumados.
Não mediu esforços, nem sacrifícios
Para dar o seu melhor.
E durante décadas derramou muito suor.
Não há palavras para mensurar
Meu carinho e admiração,
A senhora é um POEMA DE AMOR,
Obra do Criador
Que amo e sinto gratidão.
Sua filha,
Zélia Oliveira