IN MEMORIAN

Quando meus olhos se fecharem para sempre
Que eles irão se fechar um dia
Este, e outros poemas estarão guardados
Em algum lugar. E as hipóteses, são:
Nalgum caderno encardido, perdido em
Algum fundo de baú,  sem memória
Na memória de um pen-drive, de um cartão...
Talvez até, na memória de algum celular velho
Esquecido num canto qualquer
Longe da memória de alguém! Outra hipótese
Seria, num canto equidistante da memória
De alguém, que não lembra quando, nem
Onde conheceu este poeta. Menos ainda
Porque aquele poema representa tanto, que
Está guardado até hoje...

Mas para o poeta, hoje, a melhor hipótese
Seria se meus poemas, não aqueles
Que foram escritos lá nas areias do terreiro
Da minha casa, pelas estradas do meu Urubu
Na minha ITIÚBA, porque aqueles
O vento apagou. E nem sei se prestavam
Porém este, ou os que escrevi para a Heloísa
Minha neta, ah esses, se ficassem com ela
Em qualquer das memórias citadas
Meus olhos se fechariam contentes. E se
Ficassem na memória da memória dela
Aí seria a melhor das melhores hipóteses!

Mas aí é pedir muito pra DEUS e ele
Já me deu uma neta. E não foi uma neta
Qualquer. Foi a HELOÍSA!!!!

S. Paulo, 01/07/2022

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