Mãe idosa em locomoção
Valdir Loureiro
Diariamente eu caminho em direção
de fazer minhas rotinas maternas;
se a mamãe não andar, fraca das pernas,
chego eu bem pertinho e dou-lhe a mão.
Quando a idade avançada de ancião
deixa a gente sem ter como sair,
tem cidade bonita aonde ir,
mas só vai com a ajuda de alguém.
É de um filho essa viagem também...
Quem tiver genitor que não andar
faça tudo por onde lhe ajudar
a mexer-se ou se locomover,
que a velhice não tem como correr,
e o direito da tal locomoção
estampado na placa de atenção,
quase eu não vejo alguém o obedecer.
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Poema acima autobiográfico, feito em 16 decassílabos (versos de 10 sílabas métricas) ritmados como no verso "quem me fez tem o dom de ser bom pai".