Filho e mãe com interstício

Eu te devo a minha vida

pois, do teu ventre, nasci.

Tenho a existência corrida

e ausente, não te esqueci.

Mesmo assim, não te assisti

com a devida obrigação

e faltei na ocasião

de socorrer ou ajudar.

Mas vou me recuperar,

dando-te agora a assistência

que não dei na minha ausência.

Então me torno incansável.

Em um esforço interminável,

faço qualquer sacrifício,

cumprindo o último interstício

para ser um filho amável.

Valdir Loureiro

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O poema acima tem 16 versos divididos em 4 quartetos com rimas pobres (entre palavras da mesma classe gramatical) e alternadas (abab) e intercaladas (bccd deef fggf). Correção feita pela observação de GSFreire a quem agradeço a atenção.