Pretinho
Pretinho,
você foi para mim
o menino mais bonito que existiu.
Só eu chegar e
alguma coisa lhe mostrar
- Você conhecia os meus passos e sorria,
sorrisos seus de inocente alegria -
E vinha vindo, meu Pretinho,
confiança de alma limpa e
do seu corpo sujo
a me sujar as roupas,
a me encher de carinho.
Você foi tudo isso, viu Pretinho!
Pretinho, por que você nunca mais
me veio sujar a cara,
com seus beijos misturados
à terra lá do quintal da nossa casa?
(Para meu irmão Alexandre José Santiago Pereira, o “Lelé”, aos seus três anos)
Pitangui, 13/08/1968)