Pai

Os louros que aqui existem

De todos eles renego

Só faço o que assim me rego

Pros frutos que aqui persistem

Mas não é que em mim se distem

Futuros aos quais enxergo

E acaso nesse me albergo

Enquanto outros insistem

Eis meu ser e dever crítico:

Minha vida entregar tanto, a

Ser com filho um monolítico

Depois descobrir sem pranto

—E assim fico logo enclítico—

Que ele tem seu próprio encanto

(Pois o ser pai é tão Místico...

Não há outro melhor Dístico)

David Ariru
Enviado por David Ariru em 10/08/2021
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