JOANA ANINHA JOANINHA


Não era Joana ou Aninha
mas sim uma joaninha,
que voava enquanto Aninha se esgueirava
Olhando os cantos onde a joaninha pousava.

Perseguindo o inseto que não a assustava,
Vestida apenas de uma frauda lotada,
Que sua mãe de longe observava,
Sua dádiva.

Joana não escondia em sua fronte felicidade
Daquela idade que também teve
Onde tudo e todos despertavam
curiosidade.

Lavando os pratos da vida
Olhava aquela pessoinha querida
Imaginando cada centímetro de sua ida
Da infância, adolescência para então amadurecida.

Sentindo nostalgia por perder aquela imagem.
Aninha peralta buscando o mundo a sua volta
no quente do assoalho em sua frauda em frangalhos
que logo sua mãe feliz limparia para ela continuar seu ensaio.

Com o que não é Joana ou Aninha
Apenas Joaninha
Simples mistério
Aos olhos que cresce em versos.