O princípio da minha existência

Ah!

Como amo aquela casinha sossegada,

Onde todas as tarde ouço passar o vento

E a solene canção das cascatas,

Me faz voltar ao meu tempo de menino.

É lá, que a vida se faz,

No horizonte vermelho pela poeira da estrada

E a bicharada em estrepulia na novena,

À sombra da laranjeira, ouço o gorjear triste de um canário.

Há!

Como amo aquela casinha sossegada,

Onde a harmonia é vivida entre todos,

E o arvoredo sempre fazendo o festejo do dia

E as flores perfumando meu rancho amigo.

E o velho candeeiro iluminando aquele serão antigo,

Onde vivi com meus irmãis, e eles, agora, se foram.

Ah! Como amo aquela casinha sossegada,

É lá que está o princípio da minha existência,

Meu pai!

Minha mãe!

Charles Costa
Enviado por Charles Costa em 05/06/2020
Código do texto: T6968385
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