À minha mãe

Hoje me lembro da infância,

quando ficava fazendo arte.

No final do dia havia

carinho para que me farte.

Como o fez pequeno príncipe

deixei o lar em que cresci.

Eu desejava a independência,

deixei a rosa e parti.

Pessoas várias conheci.

Umas boas, outras nem tanto,

umas até me machucando,

mas pedra se lapida assim.

Depois da empolgação que tive

das descobertas desta vida,

dentre a lembrança ainda vive

aquela rosa tão querida.

Na poesia se repete

o que o herói sentiu na prosa.

Se olho pra trás, já me acomete:

Que saudade daquela rosa...