Permitir que as mães chorem...


As mães são fortes, frágeis e sensíveis tanto quanto seus filhos
Envelhecem e naturalmente o tempo vai ofuscando seus brilhos
Mas os sentimentos verdadeiros, independentes, eles fortalecem
Com a maturidade as lembranças vão intensificando e entristecem.


Como as raízes nutrem suas plantas, “elas” no ventre, as crianças
Mesmo quando as pétalas caem, “elas” cultuam profusas esperanças
Estejam “eles”, crescidos ou não, permanentes as preocupações
E, quando de suas ausências, seus perfumes derivam no ar, valorações.


Um abraço silencioso, nostálgico e envolvente, fabuloso presente
Os filhos partem, “elas” engolem seus choros caladas, descontentes
Pelas ausências momentâneas, exalando seus lamentos em prantos
Incompreensíveis as sensações, para quem sente esses tormentos.


As lágrimas, nem sempre são de tristezas, inúmeras vezes de alegria!
Em estarem ao lado de seus filhos, na plena e com intensas euforias
Naturalmente que nas despedidas elas extravasam seus sentimentos
Chorando, sorrindo, são seres em movimento, vivem seus momentos.








Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google