A MINHA MÃE NUNCA ME DEVIA DAR Á LUZ
A MINHA MÃE NUNCA ME DEVIA DAR Á LUZ
A minha mãe nunca me devia dar á luz,
P’ra nascer assim com este destino,
Por eu nascer com esta maldita cruz,
Que levo esta cruz desde menino.
Eu tenho sessenta anos e seis , Mãe, tudo aqui pus,
Uma cruz pesada, que eu mesmo sério desatino,
Que vivo com esta cruz, neste mau momento,
Em que vivo esta vida mesmo sem tino.
Tive um cancro no estómago, minha mãe,
Estive entre a vida e a morte, de verdade,
Eu sem ti, estou muito só também,
Esta é a minha grande realidade.
A minha mãe nunca devia me dar á luz,
Mas eu nasci de ti, minha Mãe!!
Nasci com esta pesada espinhosa cruz,
Porque nasci assim torto também.
De ti herdei a educação esmerada,
Herdei o teu apelido, minha querida mãe,
Agora desvendo esta grande caminhada,
Quie sem ti não posso ser mesmo alguém.
Só qu’ria qu’estivesses aqui também,
P’ra me fazeres companhia a mim…
A tua companhia, minha Mãe…
É tão forte eficaz mesmo assim.
LUÍS COSTA
Domingo, 12/11/2017