Pai

Lá no céu eu tenho alguém

Que um dia me pegou nos braços

Que sorriu

Que cuidou de mim

Até que um dia os papeis se inverteram

Eu cuidei dele...

Ele me amou,

Ficou com raiva, gritou

Me chamava de Emilinha

Minha filha

Alguns dias foi ausente

Mas nunca deixei de ama-lo

E de chamar de pai.

E com olhos cheios de saudade

E o coração cheio dele

Hoje a janelinha se abre

E a saudade lubrificando minha alma, sai.

Êta saudade danada

Êta saudade sem jeito.

(Emília Galvão)

Emília Galvão
Enviado por Emília Galvão em 19/04/2020
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