Pai
Lá no céu eu tenho alguém
Que um dia me pegou nos braços
Que sorriu
Que cuidou de mim
Até que um dia os papeis se inverteram
Eu cuidei dele...
Ele me amou,
Ficou com raiva, gritou
Me chamava de Emilinha
Minha filha
Alguns dias foi ausente
Mas nunca deixei de ama-lo
E de chamar de pai.
E com olhos cheios de saudade
E o coração cheio dele
Hoje a janelinha se abre
E a saudade lubrificando minha alma, sai.
Êta saudade danada
Êta saudade sem jeito.
(Emília Galvão)