MARIA ROSA EM VERSO E PROSA

MARIA ROSA EM VERSO

É com alegria

Que, dona Maria,

Hoje vou cantar

Esta linda história

Tão cheia de glória

E também de pesar.

De uma menina

Que, tão pequenina,

Da mãe separou.

Porém, sua madrinha,

Muito amor lhe tinha,

E lhe adotou.

E aquela menina mimosa

Transformou-se numa linda Rosa

Conforme cresceu,

Tão cheia de sonhos e planos,

Dentre eles, com dezoito anos,

Sua mãe conheceu.

Depois desse tempo,

Com a mãe, todo o tempo,

Ela conviveu.

E foi seu alento

A cada momento

Que aquela viveu.

E, a trajetória

Da Flor da história

Que estou a cantar,

Tem mais alegria,

Pois, sempre queria

A mãe reencontrar.

Daquele momento em diante,

Sempre tiravam folga um instante

Para conversar.

Tentando preencher a lacuna

Que ficou, dentro de cada uma,

Sem cicratrizar.

Laiá, Laiá, Laiá, Laiá, Laiá.

Laiá, Laiá, Laiá, Laiá, Laiá.

O amor determina

Que flor Tocantina

Venha ao Marajó.

Onde um alfaiate,

Depois de um embate,

Não mais ficou só.

E, um tempo depois,

Resolveram os dois

Que iriam casar.

E, além das fronteiras,

Foi lá em Oeiras

Que foram morar.

Após nove meses do enlace,

Já em Bagre, uma filha lhes nasce

E mais duas depois.

Mas não ficou nas três Marias,

Um menino a mais, deu alegrias

Para aqueles dois.

A um filho dele,

Que veio com ele,

Ela deu proteção.

Foi sempre cuidado

Como filho amado

Do Seu coração.

E, assim, a família

Toda compartilha

Alegria e amor.

Até que um dia

Aquela alegria

Deu lugar à dor.

Foi quando partiu seu amado,

Desta vida para o outro lado

Pra não mais voltar.

Deixando falta no seu leito

E uma grande saudade no peito

Dos membros do lar.

Laiá, Laiá, Laiá, Laiá, Laiá.

Laiá, Laiá, Laiá, Laiá, Laiá.

Num dado momento,

Um novo sentimento

Enche o seu coração.

E sua a tristeza

Cede à gentileza

De um certo João.

Que assumiu seus filhos,

E repôs nos trilhos

Os rumos do lar.

E quis o Divino

Com mais dois meninos

Lhes presentear.

E assim, a família ditosa

Do João com a Maria Rosa

Até cresceu demais.

Dos filhos vieram os netos

E, dos netos, vieram os bisnetos,

E vem muito mais.

Laiá, Laiá, Laiá, Laiá, Laiá.

Laiá, Laiá, Laiá, Laiá, Laiá.

"Por isso, hoje, sem protocolo,

A gente te pega no colo

E te dá Parabéns!

A tua família querida,

O mais caro presente da vida,

Que hoje tu tens".

Bagre, 02-06/08/2019

OBS.:

Esse Poema pode ser cantado com a música de Trem Bala.