O ALCOOLATRA E A FAMÍLIA
Nos bares da vida
Tiravas o dinheiro do bolso
Sendo sempre bom pagador
Quando não tinhas, alguém te oferecia,
E para ti pagava e muito bebias.
Nada mais te importava
Ficavas rodeado de homens e mulheres
Cerveja no copo não te faltava
E assim você a vida levava.
Vivias, infelizmente, para teu momento de prazer,
Não vias e nem sentias, só querias beber,
Teu corpo magro, muito mal estava,
Reagindo ao excesso da bebida.
Tua família em casa sofrendo
Com tuas loucuras insanas
Tu gritavas nada te importava
Tua vida muito triste estava.
A esposa não mais suportava
Sua vida de amargura
Chegavas em casa muito bêbado
Teu corpo exalava mau cheiro.
Passando muito tempo distante:
Hoje tu observas a esposa paciente
Que terminou de criar os filhos concebidos
E que deixastes sem piedade, sem pensar,
Mas, a vida ensina e cura o alcoólatra está doente.
A esposa com garra de gavião
E coragem de um leão
Com muita fé e perseverança
Cumpriu sua obrigação.
Dando valor à vida, corajosa e dedicada,
Dando aos filhos uma linda educação,
Hoje graças a Deus deixou a bebida
Vives na tranquilidade com a família
Que sempre te ajudou e te esperou.
Tua esposa mulher sabia já te perdoou,
Tua esposa não quer mais sofrimento
Tua esposa já muito chorosa ficou
Mas, agora só quer a família com alegria.
Tua esposa ora ao Senhor Deus
Deseja que tenhas o perdão do Pai
Parou de beber, dando valor à vida,
Tua esposa orou pela tua recuperação.
Assim, é o alcoolismo...
Derruba os que procuram a bebida
Não se importam com a sua própria vida
Vivendo o momento de prazer e desilusão.
Poeta: Gracinda Rodrigues Cordero
Rio, 2014