AO MEU PAI
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TU que não dás ao teu filho valor,
Que o desmoralizas de verdade,
Que não sabes ver a realidade,
Nem conheces que o teu filho é senhor,
TU que o deitas abaixo seja como fôr,
Que o desprezas na tua vontade...
Que o marginalizas com liberdade,
Tu nunca ao teu filho tiveste Amor.
Se o teu filho fosse um senhor Doutor,
Pra ti isso já me davas importãncia,
Mas como não pude ser, meu senhor.
Tive azar com a minha inteligência de verdade,
Por isso mesmo existe uma outra realidade.
Portanto entre nós não há nenhuma distância.
FERNANDO R. MARTINS (LUÍS COSTA)
29/01/95