Uma grande xícara de café
Uma velha e bondosa senhora, ao lado da casa da lavandeira morava
Sua casa era um puxadinho. Tinha um fogão de barro e ao lado uma caixa de lenha
As brasas sempre vermelhas, ardendo e aquecendo a chapa, como se fosse uma senha
Uma chaleira de ferro e o bule de alumínio, coando um delicioso café.
Sua vizinha, a lavandeira, arqueada num grande tanque quadrado de madeira
A barriga dela toda molhada, por seu avental de napa estar meio desgastado
Imaginava que horas seriam, pelo aroma do café, que a bondosa senhora preparava
Seus sentidos claramente lhe avisavam: tomar um quentinho gole, que tanto esperava.
De “menina”, a velha amiga lhe chamava. Gritava do outro lado da cerca: menina!
Deixe um pouco essas trouxas de roupa e venha tomar seu gole. Que logo você se anima.
Ela, agradecida e salivando de vontade, prontamente erguia seus braços e a xícara pegava
Dividia a metade acrescentando um pouco de água, oferecia aos seus rebentos.
E felizes eles compartilhavam.
Restabelecido seu corpo cansado, ia para a labuta, e satisfeita a lavandeira voltava.
Quando não mais enxergava, depois do por do sol, entrava e o jantar preparava
Quando tudo silenciava, seu pesado ferro de passar ela ligava. E os lençóis brancos, engomados, alisava
Até que seus olhos abertos ficavam, a lavandeira aguentava. Depois descansava!
Sua casa era um puxadinho. Tinha um fogão de barro e ao lado uma caixa de lenha
As brasas sempre vermelhas, ardendo e aquecendo a chapa, como se fosse uma senha
Uma chaleira de ferro e o bule de alumínio, coando um delicioso café.
Sua vizinha, a lavandeira, arqueada num grande tanque quadrado de madeira
A barriga dela toda molhada, por seu avental de napa estar meio desgastado
Imaginava que horas seriam, pelo aroma do café, que a bondosa senhora preparava
Seus sentidos claramente lhe avisavam: tomar um quentinho gole, que tanto esperava.
De “menina”, a velha amiga lhe chamava. Gritava do outro lado da cerca: menina!
Deixe um pouco essas trouxas de roupa e venha tomar seu gole. Que logo você se anima.
Ela, agradecida e salivando de vontade, prontamente erguia seus braços e a xícara pegava
Dividia a metade acrescentando um pouco de água, oferecia aos seus rebentos.
E felizes eles compartilhavam.
Restabelecido seu corpo cansado, ia para a labuta, e satisfeita a lavandeira voltava.
Quando não mais enxergava, depois do por do sol, entrava e o jantar preparava
Quando tudo silenciava, seu pesado ferro de passar ela ligava. E os lençóis brancos, engomados, alisava
Até que seus olhos abertos ficavam, a lavandeira aguentava. Depois descansava!
Produção do texto: Miriam Carmignan