Inocência

Por mais que eu não soubesse

Do que de fato acontecia,

Eu sabia que estava errado

Que ele e eu iriamos pagar caro.

Deixe tocar em seu corpo

Alisar seu peito jovem

Ainda nem cresceu pelos

Mas já está na hora de aprender.

...

Quando tirou minha cueca

Acariciou o que era meu,

Colocando - me de costas

Bateu forte em minha bunda...

...

Falou que por seu meu parente

Podia tocar nesses lugares,

Estranhos eu tinha que afastar

Nem mulheres podem encostar!

Através do espelho sujo

Via seu grande sorriso,

Eu estava sério e parado

Não sabia bem o que fazer

Quando vai parar de me lamber?

...

Eu quero me esconder

Não sabia que podia

Chupar esse lugar

Na qual o senhor

Tenta o dedo meter!

...

Eu não mereço nada disso

Mas ele insiste em colocar

Algo em mim que faz machucar

Não estou preparado para isso!

Com muita agressão me deitou

O sangue deixava seco

O que fazia tudo ficar pior,

Sem nenhuma dó

Ele não parou de colocar...

Ao estalar de minhas costelas

Você enfim parou de penetrar

Sufocando-me com uma almofada

Silêncio foi muito além de calar-me

Agora você paga por tudo...

Olhos arregalados

Corpo calado,

Coração corrompido

Você me deixou ali:

Meu corpo violado sem dó

Que agora morto estava

Junto a uma infância

Que nunca tive prazer de ter.

.

.

@gab_poeta667

Poeta Gabriel Augusto
Enviado por Poeta Gabriel Augusto em 02/09/2019
Reeditado em 30/01/2022
Código do texto: T6735482
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