Velhos e solitários
Plenos de riquezas nas amplidões de seus castelos enormes!
Vassalos que estão ao seu dispor, mas nenhum está conforme...
Aparências enganadoras dos dragões mosqueados de ternuras
Envolventes e meticulosos, usando máscaras como armaduras.
Leões com as mais fabulosas jubas que descendem os filhotes
Adentram nas intensas florestas buscando espaço e holofotes
Envelhecem amedrontados, experimentam inesperadas fadigas
Corroídos os ossos que aparentemente suportam e mendigam...
Intensas dores dos cansaços pelos movimentos que fez, labutou...
Seriamente buscou exilar-se nas obtusas carreiras que trabalhou
Ocultam seus desejos presenteando outrem, pensando no porvir
Sucumbem como as flores envelhecidas sem ao menos se sentir.
Moribundos lastimam decrépitos nos corpos que não respondem
Adentram calados em universos obscuros, tristes, e se escondem
Procriaram ferozes e ampliaram suas riquezas, sem nada usufruir...
Aguardando ter um tempo... Que já não consiste mais para existir...
Produção texto: Miriam Carmignan