FILHO DE NINGUÉM
Sou filho da Natureza, a sério, enfim,
E também sou filho da nossa terra mãe,
Sendo filho mesmo assim de ninguém,
Meu pai é o principio e também é o fim.
Minha mãe é o começo donde eu vim,
Sou insignificante mesmo também,
Não me considero mesmo alguém,
Sou a chuva triste dentro de mim.
Sou um pedaço duma corda de aço,
Sou apenas uma voz que desfaço...
Sou uma palavra dum homem triste.
Sou uma cratera dum grande universo,
Sou uma vida sem ter apenas um verso,
Sou uma lágrima que tu mesmo viste.
LUÍS COSTA
23/07/2004