Abençoa Senhor

Perdoe Senhor

Na igreja, hoje o canto fazia menção à família, porém, não a qualquer uma, a minha, aquela que sonhei, que sonho e que um dia imaginei, ela não seria um sonho, será; a realização de um sonho. Contudo um sonho que se sonha só, não se transforma em realidade, para que isto aconteça, nós temos que sonhar este sonho. E sonhamos, porém, não vivemos o sonho.

Um dia Alguém bateu a minha porta, eu abri, foi me entregue um lindo embrulho, com um belo presente, recebi. Ao olhar o que havia dentro da embalagem, mais linda do mundo, fiquei surpreso com seu conteúdo, era o amor. O Remetente dizia, para você, Maria Maria Maria, sua Maria. Quando olhei, foi eu te amo à primeira vista. E com seu mais belo sorriso ela disse, - o Pai nos quer juntos, deixa eu te amar.

Sonhei, vivi, sorri, amei sem noção do tempo, este sonho, que prazer, que delicia, que amor. Quanta felicidade, com esta dádiva de Deus. Contudo, um dia perdi a mãe de minha família.

Mas como? Minha família não começou de repente. Ela foi pensada, elaborada, feita a mão. Contudo, nossas diferenças nos tiraram do paraíso? O casamento.

Incrível, mas nosso sonho parece escorrer entre a minha e a sua mão, por falta apenas de compreensão, será que matamos o amor?

Não, não se mata o amor, se acabou, é porque nunca existiu.

Nos víamos assim;

Um casal, de um para o outro, de corpo e de mente,

E que nada no mundo separa um casal sonhador,

Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois

Que ninguém os obrigue a viver sem um horizonte,

Que nós vivamos do ontem, no hoje em função de um depois,

Que nossa família comece e termine sabendo onde vai,

E que eu carregue nos ombros a graça de um pai.

Que ela seja um céu de ternura, aconchego e calor,

E que os filhos conheçam a força do amor.

Abençoa senhor as famílias, amém!

Nós não trairemos um ao outro, muito menos nossos filhos,

Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois,

Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho,

Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois.

Pois bem, que Quem nos presenteou um com o outro, tenha misericórdia de nossas atitudes. Não estamos desfazendo um do outro, quiça, dando de ombros com Sua intenção, em nos unir.

Porém perdoe... covarde, desisti.

Paulo Cesar

Paulo Cesar Santos
Enviado por Paulo Cesar Santos em 17/02/2019
Reeditado em 17/02/2019
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