OBRAS DE UM MESTRE
Outrora meu pai deu-me pão,
Colocou-o na minha mão
Conhecia minhas fraquesas
Enquanto me dava,
Também instruía
É íngreme ao pensar...pudor
Mas que peso é pesado quando se faz por amor?
Hoje já não me dá o pão
Pois estou com a pasta maleável a fazer o meu
Sua acção meu eu titilou
Nem ouvi o que me dizia,
Os ouvidos fechei
Embora suas palavras fossem, em tudo bravura
De um lado entrava e, como o vento se ia
O que ficou foi o exemplo
Portento em meu templo.