E L I S A
De repente, era 28 de setembro,
sexta-feira, o sol já quase brilhava;
nas águas rasas de uma banheira,
nascia dócil a pequena Elisa.
Era a terceira de minhas netas,
lindos olhinhos de rara beleza;
ao compasso de pequeno instante,
seus lábios exibiam um belo sorriso.
Ao ritmo de uma suave brisa,
vasta vegetação bailava lá fora;
parecia uma valsa para Elisa,
nascida há apenas uma hora.
Bem dentro de meu coração,
preparei uma nova morada;
foi tão grande a inspiração,
que me trouxe a neta amada.
Bem maior foi minha emoção,
de acolhê-la em meus braços;
me pareceu ouvir linda canção,
numa revoada de assanhaços.