Criança

Não fui uma criança como tantas.

Bem pequena, fui separada dos pais e das irmãs.

Fui levada para uma outra cidade...pessoas tão sonolentas...

Apareceram: Avô, muitos tios,uma única tia ...e isso era demais....

Minha mãe biológica estava muito doente.

Mas aos quatro anos a criança nada compreende.

Meu avô era meu padrinho, entende?

Eu agora tinha um novo lar....novamente.

A tia ( irmã do meu pai) casou e me adotou, literalmente.

Nova vida para essa criança.

Então fui crescendo e ficando diferente.

Não gostava de bonecas...havia desconfiança...

Incrível, mas essa criança conversava com formigas.

Contos de fadas tornavam-se realidade em sua mente.

Personagens imaginárias eram sua amigas.

Desde que aprendeu a ler...nunca mais parou....subconsciente.

Os livros a ajudavam a viajar e a sonhar...

Uma vida completamente sublimar.

A criança era algo a germinar.

Hoje, livros e aventura, continuo a determinar.

A mãe e o pai que ganhei de coração, me deram muita cultura.

Com eles aprendi a ser honesta e ter caráter inabalável.

Até aprendi a fazer escultura...e claro, sem nenhuma estrutura..

Foi aí que apesar da timidez, criei alguma desenvoltura.

Hoje, me aventuro a dar voos muito mais altos.

Esses pais e irmãos foram minha âncora de vida.

Hoje nada seria sem esse apoio, não teria sido tão atrevida.

By Zezé Libardi

Zezé Libardi
Enviado por Zezé Libardi em 12/10/2018
Reeditado em 18/10/2018
Código do texto: T6473944
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