Poema

Vindo de uma estrela pequena e de uma galáxia distante,

Pegando carona numa cauda de um luzidio cometa anão,

Com pressa de chegar para não perder mais um instante

De doces e brincadeiras infantis com meu doce irmão...

Sozinho, cruzei a gélida distância com a velocidade da luz.

Para descansar por nove meses num acolhedor abrigo.

Tenho nesse tempo a certeza que é o caminho que me conduz

A sua presença de irmão que sempre terei, meu amigo...

Ano-luz de distância existia entre nós, mas entrelaçado estava...

Girando contigo num universo expandido de uma física de Deus.

E a sagrada esperança de estar com meu irmão me acalentava.

Nesse abrigo aguardo o momento tão esperado e radiante

De numa explosão nascer, em um novo mundo, ao lado dos meus.

E finalmente viver a vida que na estrela parecia estar tão distante.