O Brilho Encerrado

Hoje é o dia dos pais,

E sem nem esperar,

A saudade que me traz,

Entra no peito e leva minha paz.

A distância nós acorrenta,

Nós separa por um passo,

Não importa aonde eu lhe caço,

Meu peito só queima no mormaço.

Assim não há mais pranto,

Não há mais nem amor

Sua lágrima secou,

Mas o peito chora nessa dor.

Eh, meu velho!

Seu sangue corre na minha veia,

E mesmo a saudade cheia,

Os açoites nostálgicos me golpeiam.

Saudades dos seus conselhos,

Que refletiam como espelhos.

Da sua voz meiga e sua gargalhada,

Seus olhos fechando numa risada.

Essa luz que eu erdei de ti,

Se apaga na saudade,

Por não estás aqui.