[ Entranhas ]

Um poema para um refúgio chamado mãe...

De suas entranhas saí

numa madrugada enluarada

de um maio qualquer

e me pus a vagar

por essa vida incerta.

De suas entranhas saí

pisei em chão inesperado

e finquei minhas raízes.

De suas entranhas saí

mirei em nuvens indefinidas

e esculpi minhas asas.

De suas entranhas saí

mergulhei em águas indecifráveis

e ergui meus punhos.

De suas entranhas saí

atirei-me em chamas impenetráveis

e iluminei minhas cavernas.

De suas entranhas saí

me revesti de verso improvável

e retornei para o seu aconchego.

13.05.2018

Solange Santana
Enviado por Solange Santana em 21/05/2018
Reeditado em 21/05/2018
Código do texto: T6342637
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