ATÉ A ETERNIDADE...
Que Deus reconheça a tua inocência
E que te abençoe ao te acolher.
Um homem menino na transparência
Tu foste, em teu diminuto viver.
Inconfundível na tua essência
Pelo modo da vida conceber.
Viam-te, alguns, com certa resistência.
Pois recusavam teu modo de ser.
Hoje, ao partires, fiquei na incumbência
Do teu enigma esclarecer:
Foste, apenas, mais um na inexistência
Pois que a vida não pudeste viver.
Nesses poucos dias da tua ausência
Da minh’alma tomou conta a saudade...
Já me regozijo, com antecedência,
Pelo nosso encontro na eternidade.