Chão
Chão
Olhos brilham,
Mas o açoite a golpeia,
Planta jovem, sob a ação do destino,
Do vento, das chuvas, da dor.
Esperança e amor,
Motores que a fazem seguir.
Tão pequena, e
Horas a fio, debaixo do frio intenso,
Dor e solidão!
Quer chegar à mocidade,
Não quer partir na tenra idade,
Luta contra as marés.
Encontros e decepções.
Desencontros na verdade.
Mas surgem os frutos, e que lindos são!
De uma vida de insanidade,
Da qual já nem tem saudades, é mãe, é pai, é tudo.
É liberdade que se alegra, venceu, se esforçou, tudo aprendeu.
A viver, a sorrir, a perdoar, a amar!
No banco do saber, no banco da vida.
Seu local de aprendizado,
Pisando o chão molhado.
Um filho de cada lado, sorrindo, braços dados,
Rumo ao inesperado!