À MINHA MÃE

Nascemos seres fragilizados

E a sociedade nos marginaliza

Por sermos negros, sermos pobres,

Sermos mulher.

Designam-nos sexo frágil

Discrimina-nos pela pele que temos.

Se tudo isso é vida, não sei,

Só sei que luto e acredito,

Porque ao nascer tive grande exemplo.

Sou filha da Bela,

Uma mulher de fibra,

Mulher “parideira”,

Mulher guerreira,

Mulher de Deus.

Uma mãe que luta

Em favor dos seus.

A ela devo o que sou,

Pois sei que sou eu.

Marcimária Xavier
Enviado por Marcimária Xavier em 26/10/2017
Reeditado em 29/10/2017
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