À MINHA MÃE
Nascemos seres fragilizados
E a sociedade nos marginaliza
Por sermos negros, sermos pobres,
Sermos mulher.
Designam-nos sexo frágil
Discrimina-nos pela pele que temos.
Se tudo isso é vida, não sei,
Só sei que luto e acredito,
Porque ao nascer tive grande exemplo.
Sou filha da Bela,
Uma mulher de fibra,
Mulher “parideira”,
Mulher guerreira,
Mulher de Deus.
Uma mãe que luta
Em favor dos seus.
A ela devo o que sou,
Pois sei que sou eu.