Filhos
Quando pequenos, que bonitinhos
tive amor e devoção,
trabalhei muito,criando os filhinhos
entreguei minha vida, meu coração.
me sinto, uma heroína
criar sozinha, sem pensão
sem ajuda,isso que eu era uma menina,
não fui perfeita, mas dei meu coração.
andei, andei com as crianças
vendendo arte, que eu criava,
muitas cidades, varias mudanças
elas cresciam, e o tempo passava.
escolheram um dia, ir embora
fiquei doente, quase morri,
não aceitei, pois não era a hora
eles me esqueceram,eu não esqueci.
Até hoje,não sei porque Deus me deu
filhos tão amargos e frios,
o meu amor,nenhum mereceu
como podem, ser gelados e vazios.
Qual a mãe, que sai no mundo com os filhos
nas costas, mais as mochilas,
fugindo de um pai estuprador, sendo andarilhos
mostrando a realidade sem fantasias.
Aprenderam a ter personalidade
e vivem suas propiás vidas,
mas não sentem amor, nem saudade
tenho pena destas almas perdidas.
Deus deu a mim, filhos adotivos
que me preenchem esta brecha
nem os animais, nem os primitivos,
são como meus filhos, portas que não abre, nem fecha.
Mas aqueles da rua, sem mãe e sem pai
dei o mesmo amor e carinho,
e o murmurar mãe, de suas bocas sai
e sou feliz, com meus adotivos filhinhos.
hoje já não sofro mais
por amar filhos que não mereceram
a consciência tranquila, porque fui capaz
de fazer por eles, o que por mim não fizeram.
Eu estou muito contente
minha missão esta cumprida,
de cabeça erguida sigo em frente
sinto por, a deles estar perdidas.