ADOLESCENTES: SERIAM TODOS IGUAIS?

Eu ainda lembro

Daquelas meninas remelentas

Que acordavam com olhos inchados

E me enxergavam com amor

Eram carentes de comida

De beijos e de abraços

Hoje me olham com indiferença

(estão repetindo a condenável

Atitude de seus pais e tias?)

Mesmo assim eu penso

Que elas já se esqueceram de mim

E na solidão do meu exílio

Já não tenho nenhum beijo molhado

De quem nem sente saudade

Escondidas dentro de si próprias

Eu jamais lhes abandonaria

Mas eu sei que pássaros emplumados voam

E dão adeus a seus ninhos

Enquanto os pais ficam ali sofrendo

Esperando o nosso próprio voo

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06.03.17

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 06/03/2017
Código do texto: T5932521
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