Saudades da Amélia
Ai, que saudades da Amélia!
Obediente, submissa e calada
Bem cantava o poeta feliz
Amélia, que era mulher de verdade
Nunca sequer me contrariava
Perdoava todos os meus deslizes
O mais longe que se aventurava
Era no portão de casa
Ai, que saudades da Amélia!
Dela não tinha medo algum
Meu grito era o mais forte
Meu braço, o mais potente
Meus argumentos, únicos e invencíveis
Ai, que saudades da Amélia!
Tenho medo da Katrina
A Rita me apavora
Faz-me correr, fugir, ir embora
Lili me desespera
Paloma tira-me o sono
Nana é avassaladora
Josephine é preocupante
Sandy é vingativa
Quero esquecer as Marias
Fátimas, Cristinas e Irenes
Nenhuma delas é como a doce Amélia
Que era mulher de verdade
Volta Amélia, volta
De caçador, passei a ser caça
Hoje sou o homem mais fiel
Reconheço que és mulher de verdade