MEU PAI
Lágrimas embaçam meus olhos
E um véu de tristeza cobre-me a face,
Nesta manhã chuvosa de maio,
Em que uma dor profunda no peito
Veio autenticar a certeza da tua ausência definitiva...
Por aqui,
As coisas continuam as mesmas,
E o relógio, conta-gotas do tempo,
Não parou de pingar os segundos,
Assim como o orvalho no amanhecer
E as horas vão acumulando dias e noites
Sem que haja a menor possibilidade de te encontrar...
Procuro-te no olhar e nos gestos de cada irmão,
Nas músicas que ouço e nas fotografias
Cujo sorriso opaco não me mostra mais a tua luz
Procuro-te, enfim, em todos os objetos que foram teus
E percebo que o teu perfume evaporou-se
Restando apenas este vazio em minha alma...
Se eu pudesse, agora mesmo,
O meu pensamento encontraria o teu
E tu poderias conversar comigo
Como fazias antes dessa viagem insólita
Que me deixou órfã de ti, meu pai querido!
No entanto, a tua presença é a maior certeza
Que trago em mim de que a vida continua
E que, se o pensamento plasma a realidade,
Poderemos nos encontrar por aí,
Sempre que a saudade se fizer por demais insuportável...
Assim, nós dois, naquela cumplicidade de pai e filha,
Sairemos à procura um do outro,
Nessa viagem fluídica, privilégio dos que amam!
Lágrimas embaçam meus olhos
E um véu de tristeza cobre-me a face,
Nesta manhã chuvosa de maio,
Em que uma dor profunda no peito
Veio autenticar a certeza da tua ausência definitiva...
Por aqui,
As coisas continuam as mesmas,
E o relógio, conta-gotas do tempo,
Não parou de pingar os segundos,
Assim como o orvalho no amanhecer
E as horas vão acumulando dias e noites
Sem que haja a menor possibilidade de te encontrar...
Procuro-te no olhar e nos gestos de cada irmão,
Nas músicas que ouço e nas fotografias
Cujo sorriso opaco não me mostra mais a tua luz
Procuro-te, enfim, em todos os objetos que foram teus
E percebo que o teu perfume evaporou-se
Restando apenas este vazio em minha alma...
Se eu pudesse, agora mesmo,
O meu pensamento encontraria o teu
E tu poderias conversar comigo
Como fazias antes dessa viagem insólita
Que me deixou órfã de ti, meu pai querido!
No entanto, a tua presença é a maior certeza
Que trago em mim de que a vida continua
E que, se o pensamento plasma a realidade,
Poderemos nos encontrar por aí,
Sempre que a saudade se fizer por demais insuportável...
Assim, nós dois, naquela cumplicidade de pai e filha,
Sairemos à procura um do outro,
Nessa viagem fluídica, privilégio dos que amam!