Mãe

Mãe

O tempo me madureceu

Agora quero lhe falar

Coisas que no passado

Ficaram sem se explicar

Os tempos eram difíceis

Me dói só de lembrar

Dos dez filhos teus

Ficaram quatro para criar

Humilde e grandiosa

Sempre soube educar

Com seu jeito simples

Sem precisar distratar

Então veio o destino

E fez a vida transformar

Correndo em desespero

Alguém veio lhe informar

Numa casa não distante

Todos ali foram pra ver

A chegada de um menino

Que o pai não queria ter

Abismados com a atitude

Pai sem fé sem coração

Os rumores que corria

Filho seu não éra não

Entre gritos e gemidos

A mãe se pôs a falar

É meu filho que nascera

E ninguém vai o levar

Mas decidido já estava

A vida desse inocente

O Pai o levando embora

Jogar no rio corrente

Deus é justo e piedoso

Ninguém pode negar

A mãe pedindo socorro

A senhora foi lhe ajudar

Dê me aqui esse menino

Para longe vou levar

O pai abriu os braços

Caiu por terra a chorar

Agora aqui está presente

Sei que não pode falar

As mãos em meu ombro

Veio então me abençoar

Entre contos e poesia

O coração livre está

Mulher que sempre fora

Mãe zelosa a me criar

Quero que venha me ver

Um dia desses por favor

Saudades e lembranças

O coração cheio de amor

E quando então chegar

Com carinho abraçando

Olhando para seus olhos

Devagarinho soletrando...

M. Ã. E. O. B. R. I. G. A. D. O.

Carlos de Oliveira
Enviado por Carlos de Oliveira em 02/06/2016
Código do texto: T5654956
Classificação de conteúdo: seguro