Poesia dedicada à Bárbara Heliodora, esposa de Alvarenga Peixoto.

Bárbara bela,

do Norte estrela,

que o meu destino

sabes guiar,

de ti ausente,

triste, somente

as horas passo

a suspirar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

Por entre as penhas

de incultas brenhas

cansa-me a vista

de te buscar;

porém não vejo

mais que o desejo,

sem esperança

de te encontrar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

Eu bem queria

a noite e o dia

sempre contigo

poder passar;

mas orgulhosa

sorte invejosa

desta fortuna

me quer privar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

Tu, entre os braços,

ternos abraços

da filha amada

podes gozar.

Priva-me a estrela

de ti e dela,

busca dois modos

de me matar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

Alvarenga Peixoto

ALVARENGA PEIXOTO
Enviado por Miguel Toledo em 02/05/2016
Reeditado em 04/05/2016
Código do texto: T5622593
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