O Insano
Jovem, alto, robusto, igual a qualquer um de sua idade,
O olhar vago, longínquo, fixo, notava-se sua insanidade.
Passeava pela casa, pelo jardim, pelo bosque, noite e dia,
O passar das horas, das semanas, meses ele não percebia.
Ás vezes ria e falava sozinho, ou calava-se por completo,
Ficava assim por longo tempo, imóvel como um objeto.
Os familiares, os parentes , os amigos ele não reconhecia.
Passado esse transe, esse torpor, a vida nele renascia.
Foram feitos vários tratamentos, com médicos renomados.
Concluíram que a insanidade, a doença dele não tinha cura,
empregaram vários remédios, sem dar quaisquer resultados.
Quem tem a mente insana, não raciocina, vive na inocência,
não tem malícia, maldade, nem culpas, tem a alma pura.
Ignorado por todos, mas com méritos junto à Providência.