SILHUETA DE UMA BELA MULHER
Numa fina e transparente cortina
De onde aparece, sorrateiramente,
Uma silhueta perfeita e crescente
Do teu belo contorno que alucina.
Sacode o vento, a luz que te ilumina,
Neste catre grotesco e indiferente
Velada por olhos de tanta gente
No agitar deste véu de seda fina.
Então, ela adormece em teu recanto!
Envolvendo o pensamento, mesmo antes,
Desta paixão torna-se o desencanto.
Um quarto de mulher e dos amantes...
Da beleza florida, em doce encanto,
Das doces fragrâncias – e inebriantes!