SONETO PARA MAIRA
Poema de Dário Teixeira Cotrim - do livro Dóris & Dário
É de tristeza o teu olhar de ternura
Por quem devera ter a luz dos ouros.
Assim como os teus cabelos louros
De tanta bondade, a fé e a candura.
É de sentir-se n’alma essa doçura
Por quem devera os jovens casadouros.
Assim como os mistérios dos tesouros
E o regalo de uma nova ventura!
Teu rosto demonstra a meditação
De um momento de dor e de aflição
Onde o belo contradiz co’a tristeza.
E, no instante da doce contrição...
A crença acalma – e outra vez – então,
Brilham os teus olhares com certeza!