Aos Meus Irmãos de Sangue

A despeito das divergências de conceitos

Que deleite é encontrar os meus irmãos!

Em uníssono bombeiam naqueles peitos

Corações em abraços e apertos de mãos

Vêm à tona histórias das nossas infâncias

Entre risos e lágrimas lavamos as almas

Estreitamos nossos laços e as distâncias

Na mesa de conversas francas e calmas

Citamos o primogênito, saudoso Alaércio

Que em seu tempo era o rei do comércio

Depois o segundo, nosso intrépido Adair

Contador de belas histórias a nos distrair

Prematuramente nos deixou Doutor João

Um médico abnegado de enorme coração

O nosso eterno e simplesmente Joãozinho

Como o chamávamos com muito carinho

Daí para o quarto, o alegre e irônico Gil

Audacioso, um homem de peripécias mil

Gente fina elegante Terezinha Aparecida

E a sua veia cômica a nos alegrar a vida

Para completar a ala feminina, veio a Léia

Depois de tantos meninos, uma boa ideia

De sensos aguçados do dever e da justiça

Trabalhadeira, não sabe o que é preguiça

O sétimo é o metódico asséptico Gilberto

É íntegro e sistemático, prima pelo certo

E o oitavo sou eu, esse que vos escreve

Não devo falar de mim só para ser breve

O nono é a paz em pessoa, é o Luquinha

Aquele que mais perto de mim caminha

Por fim, o décimo e caçula é o Waltinho

Altruísta, faz a boa política pelo caminho.

marciusantos
Enviado por marciusantos em 06/07/2015
Reeditado em 01/09/2018
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