RECORDAÇÕES!
Rústico campo, estrada de terra, atravessando floresta,
Recordo-me feliz recolhendo paus caídos para o fogão de lenha!
Ah! Meu Deus como me abraça hoje essas lembranças sem senhas,
Que me invade a alma alegrando meu ser como música de orquestra!
O corpo, mesmo jovem, chegava cansado ao casebre coberto de sapê
O café quente ao canto do fogão, a mandioca, o inhame, o bolinho...
Hoje o progresso tomou aquela estrada, asfaltou o caminho...
Mas a maior saudade, hoje, minha mãe, é sempre lembrar você!
A felicidade que me abraçava naquelas paragens, não encontrava riqueza;
A alegria, mesmo de bolsos vazios, era estar longe e não sozinho,
Pois à noite sempre alguém que aparecesse, apeava para um papinho...
Mas vejo hoje muito bem, que época boa, simplicidade e pouca tristeza!