GABRYELLE
Tu és como a flor silvestre,
Que dá beleza à imensidão campestre,
Ao nascer o sol em pleno verão,
Tu és como a roseira que brota
Suavidês ao entrar da porta,
Da humilde e rústica casa de um cidadão.
Como o facho que meu tio usava,
Pra iluminar por onde passava,
Em noites de escuro, no Piauí,
Tu é como aquela simplicidade,
Que vive na lembrança e traz saudade,
Das histórias que minha mãe contava pra mim dormir.
Há! Eu sei que a inocência vivifica o teu rosto,
Como as pétalas dão à flor, um gosto,
E o transmite pra quem ver, apreciar,
A pureza que desenha e modela,
Tudo o que se tem de natural nela,
E me faz viver, dormir, e sonhar.
O teu sorriso é tão belo e doce,
Penetra meus olhos e toma posse,
Do meu triste coração de poeta,
Neste meu consolo eu trago,
A tranquilidade como a de um lago,
Ou de uma lagoa secreta.
Esse teu rostinho me dá alegria,
De vê-lo em plena cor metálica do dia,
Quando o sol em teus olhos resplandece,
E quando te debruças sobre o leito,
E põe a cabeça sobre meu peito,
Abre a boca, espreguiça, e adormece.
Autor; Gionaldo S. Lopes
Recomendo ao leitor que leia as poesias de "Gilson R Albarracin"