Segue a humanidade

Rio Amazonas, 13 de maio de 2014.

Resolvi um dia juntar

Resolvi então caminhar

Ligar-me a outra alma

Ao meu pai acabou a valsa

É o dote que me deu

Uma fala que mal entendi

Com certeza lhe doeu

Estampada num sorrir

“Vós pertenceis ao tempo

Pertenceis à vida

Preparei-vos a contento

Nada vos intimida”

“Vós sois tão menina

Eu bobo da ilusão

Já eras chuva fina

a escorrer na minha mão”

Ó meu pai que sofrimento?

O meu céu não é cinzento

Levo flores e passarinhos

Que me apontaste com carinho

E altiva oradora

Subo no pedestal

A menina de outrora

Numa jura triunfal

Eu prometo magia

Eu prometo amor

Ser fiel à alegria

Resistente à dor

Fazer da juventude

Dos vinte à eternidade

Agir com atitude

Para boa humanidade

Os meus olhos que brilham

De um futuro a imagem

As estradas iluminam

E me dão mais coragem

Mas agora tenho que ir

Com atos firmes de fé

Prometo assim cumprir

A saga-força da mulher