Se eu pudesse mãe!

Ameaçadoras as nuvens cobrem o meu horizonte de luz

e os meus olhos deixaram de ser de mar.

Passo pela multidão fechando o meu rosto aos olhares

que me tentam decifrar o pensamento e o sentir.

Interpreto os silêncios e as ausências de uma forma crua e dolorosa.

a verdade está para além das palavras que se dizem por dizer.

A verdade não se esconde por mil máscaras que se usem.

a verdade é que estou só!

Estou só no meio de uma tempestade repentina e duradoira.

e não sabia...

Hoje, escrever a dor é difícil.

tal como foi, outrora, escrever a alegria.

O meu grito é interior.

A minha escrita também.

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 04/05/2014
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