SOMOS ETERNOS

Há raízes de meus ancestrais

Que em mim sobrevivem

No que eu sou

Na minha imagem

Outro dia no reflexo do espelho

Eu vi resplandecer meu avô

Falecido quando eu era criança

O meu corpo magricelo

Foi-se embora escondido

Nos cabelos encanecidos

Deixados em mim por vovô

Eu já não lembrava mais dele

Mas minhas memórias cinquentenárias

Resgatam lá do fundo do baú

Os retalhos familiares

Enquanto molda em meu corpo

Aquele velho que já se foi embora...

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30.12.13

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 30/12/2013
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