Ninho vazio
 
Bateram a minha porta em 12 de fevereiro
Ali havia alguém que eu não queria ver nunca mais
Em suas mãos junto ao desespero havia uma criança
Não entrou apenas a deixou comigo
Nunca mais me esquecerei daquela noite chuvosa
Que bateste a minha porta
Com o seu vazio encheu minha casa de luz
E sem dizer nada se foi, prometendo que no dia seguinte
Voltaria para buscar a criança.
Sem contestar, aceitei
Passaram dias, semanas e meses.
E pela criança me apaixonei
Criei laço materno
Enchi a criança de afeto
Nem me cogitei que era seu filho com a outra.
Amei, dediquei meus dias e noites
Aquele menino já era meu
Da mesma forma que me trouxeste
Assim o levaste, sem questionar...
E deixou mais uma vez o ninho vazio
Angeluar
Enviado por Angeluar em 24/11/2013
Reeditado em 25/11/2013
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