Pai

Pai, ainda criança,
E como não era de esperar
A sorte mudou de lugar
Tão cedo parti para longe
Por este mundo cruel
Sem a sua proteção constante
Chorei noites enluaradas
Dias chuvosos medos delirantes
A saudade era doída
Eu tinha que aguentar
Pois não tinha a quem reclamar
O tempo passou de repente
Sua presença era forte
Em minha lembrança
Um dia cai doente
O meu sorriso era quente
Uma simples febre de criança
De repente a porta se abriu
Você veio em minha direção
Tocou-me a fronte
Teu semblante presente
Não ouvi sua voz
Senti seu cheiro
A tua aura brilhava
Tua presença tão real
Esse foi o ultimo contato
Logo entre palavras confusas
Soube que partira para todo sempre.
E nunca mais pude afagar minha saudade
Em seus braços fortes e moreno
Pai que saudade!
Mesmo em delírio queria te abraçar novamente.
Angeluar
Enviado por Angeluar em 26/10/2013
Reeditado em 22/11/2013
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